quarta-feira, 20 de julho de 2011

O GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo avaliar as ações de governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso e a repercussão para o crescimento e desenvolvimento do país nos dois períodos de seu governo bem como tomar conhecimento dos avanços econômicos e administrativos, como o equilíbrio monetário, os avanços no controle das contas públicas e na universalização dos programas sociais e econômicos.

MATERIAL E MÉTODOS

Para o presente trabalho utilizou-se o método de pesquisa bibliográfica onde analisou-se textos de Alcides Domingues Leite, Luis Carlos Bresser-Pereira e textos encontrados em sites do Governo Federal e no site da Fundação Fernando Henrique Cardoso. Para a análise critica foi utilizado textos de Noam Chomsky.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A década de 90 é marcada pela ascensão do neoliberalismo em vários paises e o investimento de grandes empresas em paises debelados por crises conseqüentes dessa mesma política neoliberal como é o caso dos paises da América Latina onde a abertura para a economia internacional acarretou um custo significativo [...] que se soma a incapacidade de controlar o capital e os ricos, e não apenas e trabalho e os pobres [...] onde alguns setores da população saem lucrando, como no período colonial. (CHOMSKY: 1996, p.15)

O governo Fernando Henrique Cardoso é herdeiro do processo de consolidação da política neoliberal americana. Essa bem sucedida empreitada trouxe para as elites brasileiras e investidores americanos lucros triplicados na década de 90 e prejuízos enormes para a economia nacional. Nesse período o pais teve uma redução de cerca de 20 por cento nos salários industriais, que já figuravam entre os mais baixos do mundo; a classificação do Brasil no Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Humano estava próxima da Albânia. (CHOMSKY: 1996, p.15)

O governo Collor/Itamar marcado por inflações e recessões também iniciou os processos de privatização de empresas nacionais e a abertura econômica do pais, herança muito clara na política de governo de Fernando Henrique Cardoso.

Presidente da República Federativa do Brasil por dois mandatos consecutivos (1995-2002), Fernando Henrique Cardoso é atualmente presidente do Instituto Fernando Henrique Cardoso (FHC, São Paulo) e presidente de honra do Diretório Nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Membro de diretorias e conselhos de várias instituições, é Presidente da Comissão Independente sobre AIDS e o Direito, co-presidente da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia desde 2008, liderou em 2010 a criação da Comissão Global sobre Políticas de Drogas e é membro do Conselho de Líderes Globais para a Saúde Reprodutiva desde 2010. Fonte: (http://www.ifhc.org.br/files/biografias/2011_cv_10_linhas_portugues.pdf)

Principais Ministros

Coordenação de Assuntos Políticos - Luis Carlos dos Santos,Esportes - Edson Arantes do Nascimento, Política Fundiária – Raul Bellens Jugmann Pinto, Reforma Institucional – Antônio de Almeida Freitas Neto, Reforma do Estado – Luis Carlos Bresser Gonçalves Pereira, Aeronáutica – Mauro José Miranda Gandra, Lélio Viana Lôbo, Walter Werner Braüer, Agricultura e Abastecimento – José Eduardo de Andrade Vieira, Ciência e Tecnologia – José Israel Vargas, Cultura – Francisco Corrêa Weffort, Educação e Desporto – Paulo Renato Sousa, Fazenda – Pedro Sampaio Malan, Industria, Comérco e Turismo – Dorothéa Fonseca Furquim Werneck, Justiça – Nelson Azevedo Jobin e Iris Rezende, José Renan Vasconcelos Calheiros, Marinha – Mauro César Rodrigues Pereira, Previdência e Assistência Social – Reinhold Stephanes, Waldeck Vieira Ornelas, Saúde – Adib Domingos Jatene, Carlos César Silva de Albuquerque e José Serra, Comunicações – Sérgio Roberto Vieira da Mota, Fernando Xavier Ferreira, Relações Exteriores – Luis Felipe Palmeira Lampreia, Minas e Energia – Raimundo Mendes de Brito, Exercito – Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena, Ambiente – Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho, Planejamento e Orçamento – José Serra, Antônio Kandir, Paulo de Tarso Almeida Paiva, Trabalho - Paulo de Tarso Almeida Paiva, Edward Joaquim Amadeo Swalelen, Transporte – Odacir Klein, Eliseu Lemos Padilha.

(http://www.presidencia.gov.br/info_historicas/galeria_pres/galfhc/info_historicas/galeria_pres/galfhc/galfhc-ministerios)

Principais ações e fatos do Primeiro Governo

Nesse governo o presidente FHC deu continuidade ao Plano Real e fez profundas reformas econômicas, financeiras e na administração pública.

Nas áreas econômica e financeira destacam-se:

· Reforma da Previdência;

· Proibição da Indexação dos contratos trabalhistas,

· Fim do Monopólio estatal nas áreas de energia, siderurgia e telecomunicações – que conduziu país para a autosuficiência em produção de petróleo, privatização de empresas de telefonia fixa, celular, de longa distância e a gigante Vale do Rio Doce;

· Execução de maior parte do Plano Nacional de Desestatização – que trouxe lucros significativos para os cofres públicos, mas para outros analistas prejudica a participação popular no planejamento social e econômico.

· Programa de Estimulo á Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro – importante para evitar a desestabilização do setor financeiro nacional, segundo a visão de Bresser Pereira, os empresários são responsáveis pelo crescimento econômico (p.42);

Na área administrativa a elaboração do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado – idealizado pelo ministro Bresser Pereira e tinha como objetivo democratizar e fortalecer setores do poder público.

Principais ações e fatos do Segundo Governo:

Fernando Henrique Cardoso tomou posse do seu segundo mandato em 1° de janeiro de 1999 ( LEITE JUNIOR: 2009, p.70) Essa fase de seu governo é marcada por novidade na área econômica, administrativa social e internacional:

· Liberação do Câmbio do Dólar – apesar da inflação e o alto índice de desemprego, a flexibilização do câmbio permitiu ao longo do tempo, corrigir os desequilíbrios das contas externas ( LEITE JUNIOR: 2009, p.70);

· Implantação do Sistema de Metas de Inflação – consiste na fixação pelo Conselho Monetário Nacional, de uma meta de um intervalo de variação para a inflação acumulada ao longo do ano;

· Lei de Responsabilidade Fiscal – que limita o individamento e gasto com pessoal pelo gestor público;

· Programa Bolsa- Escola – ajuda de custo para famílias que mantinham seus filhos matriculados e freqüentando regularmente a rede escolar.

CONCLUSÕES

O governo FHC funcionou como um período de transição e acentuação de desenvolvimento e mudanças no Estado brasileiro. Foi um período de verdadeiras mudanças estruturais. As mudanças administrativas, econômicas, sociais e financeiras foram tão fortes que o seu sucessor (Presidente Lula) abandonou parte de sua agenda de partido para continuar a política de governo iniciada.

Especialistas como o ativista político Noam Chomsky avalia governos como o de FHC como governos que criam sociedades empresariais por excelência, ou seja, sociedades que inauguram políticas externas que os tornam presas das empresas multinacionais que ditam as regras na economia mundial.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRESSER-PEREIRA,Luiz Carlos. O conceito Histórico de Desenvolvimento Econômico.

LEITE JÚNIOR, Alcides Domingues. Desenvolvimento e mudanças no estado brasileiro.Florianópolis: UFSC; [Brasília]/ CAPES / UAB, 2009.

CHOMSKY, Noam. O Lucro ou as Pessoas?Disponível em: www.sabotagem.revolt.org

sábado, 4 de junho de 2011

Leitura: modelos, fatores que determinam sua forma e o seu papel na comunicação e interação social

O presente texto tem como objetivo apresentar os principais modelos de leitura bem como os fatores que determinam sua forma e o papel da leitura na comunicação e interação social.

Cavazoti (2009) afirma: A leitura é uma relação de dialogo que se estabelece entre o leitor e o texto, mas, efetivamente, a produção de sentido não constitui livre interpretação, sendo qualquer afirmação aceitável. Daí a importância da pratica pedagógica capaz de produzir, progressivamente, um leitor capaz de perceber a riqueza das possibilidades e os limites da interpretação do texto.

Apresentando um conceito de leitura, Carvalho apud Sato, afirma que leitura é um processo bastante complexo e que depende de várias condições como o grau de maturidade do sujeito como leitor, o nível de complexidade do texto, o objetivo da leitura, o grau de conhecimento prévio do assunto tratado e o estilo próprio do leitor.

Analisando cada uma das condições temos em primeira análise o grau de maturidade. Por maturidade entende-se o grau de desenvolvimento final orgânico. Nessa ótica, indivíduos mais maduros apresentarão maior capacidade e disposição para a leitura, o processo cognitivo é reforçado pela maturidade cerebral.

O nível de complexidade do texto da leitura pressupõe a adequação do tipo de texto ao leitor. Os diversos estágios do desenvolvimento exigem tipos de textos próprios para esses estágios (infantil, infanto-juvenil, didático e acadêmico). Sobre o objetivo da leitura temos o próprio desenvolvimento cultural social e cognitivo, e a leitura sistematizada e voltada para o aprendizado de algo importante para o desenvolvimento intelectual.

No grau de conhecimento prévio do assunto tratado está um dos reforços mais significativos existentes, o conhecimento historicamente acumulado, a experiência, as várias leituras da realidade. E o que se chama de intertextualidade. Em meio aos discursos apreendidos pela oralidade, o leitor pode ter conhecimentos prévios guardados na memória.

Modelos de Leitura

O modelo de decodificação instantânea é fundamentado no estruturalismo, a teoria filosófica surgida na primeira metade do século XX. Esse modelo tem como método a transmissão do conhecimento, o estímulo resposta, o condicionamento para a aprendizagem. João Amós Comenius, criador do método da cartilha e da transposição didática é um de seus principais teóricos. Comenius é quem oferece a sistematização da aprendizagem e da leitura por meio da cartilha, método que perdurou no longo período de vigência do ensino tradicional. (Cavazoti, 2009)

Outro aspecto da escola de Comenius que cabe mencionar é a instrução simultânea, ou seja, a classe heterogênea com os alunos realizando a aprendizagem ao mesmo tempo em graus de atividades diferenciadas. Dentre as atividades estava a repetição e a memorização.

Modelo de processamento de dados

Os modelos de processamento de dados estão baseados na hierarquia e ordenação de etapas. Baseado nos estímulos e respostas como teorizou Pavlov e Skiner. Dentre os quais apresentaremos: o modelo de mediação sonora, modelo de analise pela síntese e o modelo construtivista.

Para os teóricos da mediação sonora a leitura é entendida como uma atividade exclusivamente de reconhecimento e compreensão, e não como uma atividade que exige a recodificação sonora para alcançar o significado (Carvalho, 2010). Nesse contexto a leitura de um texto não é mera decodificação de sinais gráficos, mas a busca de significações marcadas pelo processo de produção do texto e produção da leitura.

No modelo de análise pela síntese da concepção tradicional onde temos os métodos fônicos e silábicos conhecidos como sintéticos precisamente porque partem das menores unidades da língua. O outro conjunto, o dos métodos analíticos pretendem superar os problemas da leitura e da língua iniciando o processo por uma palavra, por uma frase ou até mesmo por uma história.

Para alguns teóricos do modelo construtivista a maior parte do significado que retiramos de um texto vem de informações não visuais, ou seja, das experiências do leitor. Assim, a apropriação da língua escrita significa mais do que assimilar um instrumento de comunicação: sobretudo a possibilidade de construir estruturas de pensamento capazes de realizar abstrações necessárias à apreensão da realidade concreta.

Fatores que determinam a forma de leitura

Para se determinar as formas de leitura podem ser considerados algumas perspectivas e paradigmas que devem ser considerados e superados segundo Carvalho (2010):

Perspectiva do texto – para haver compreensão é necessário que o leitor acione exatamente os mesmos significados, na mesma variação de possibilidades.

Perspectiva do leitor – a apropriação do conhecimento socialmente produzido dá significados ao texto lido e possibilita a interpretação.

As informações não-visuais – a leitura é auxiliada por palavras conhecidas e conhecimento da língua.

O paradigma psicolingüístico – possui duas propostas: a transacional (focaliza a perspectiva do leitor) e a teoria da compensação (envolve várias fontes do conhecimento).

O paradigma social – nesse paradigma se inclui a perspectiva do letramento, por letramento se entende o estado ou condição que adquire um grupo social ou individuo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita.

O papel da leitura na comunicação e interação social

Vermelho apud Sodré (2009) diz que a comunicação designa dois processos: o primeiro, é o de pôr em comum as diferenças por meio do discurso com ou sem o auxilio da retórica; o segundo, é o de interpretar os fenômenos constituídos pela ampliação tecnológica da retórica, o texto escrito. A retórica nesse contexto é a oralidade dita por Carvalho (2010) que a partir da oralidade para a criança constrói-se a idéia de que a escrita pode dizer coisas divertidas, portanto é bom saber ler.

A leitura nesse contexto assume a sua perspectiva de fruição, quando o leitor seleciona livremente a leitura que deseja fazer, sem a intervenção do professor e lê pelo prazer que isso lhe proporciona (Cavazoti, 2009).

REFERÊNCIAS

Carvalho, Íris Oliveira de. Teorias e modelos de leitura. Goiânia: FUNAPE/CIAR, 2010.

Cavazotti, Maria Auxiliadora. Alfabetização e Letramento. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2009. 160 p.

Vermelho, Sônia Cristina. Mídias e Linguagens. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2009. 208 p.



Corrupção em Barueri

No último dia 23 de março de 2010, a equipe do CQC (Programa Custe o Que Custar) apresentou no quadro Proteste sem Censura, uma reportagem produzida e apresentada pelos repórteres Rafinha Bastos e Rafael Gentili. Os dois repórteres foram à cidade de Barueri investigar a doação de uma TV de plasma para a Secretaria de Educação. A TV doada foi desviada na cidade, ao invés de estar em uma das 90 escolas que formam a rede municipal.

Neste artigo focalizo a corrupção que é realizada num município do Brasil sob a ótica de alguns trabalhos escritos na revista eletrônica Comciência, um importante periódico recomendado pela CAPES.

A atitude dos dois repórteres está compatível com os valores democráticos. Mancuso (2005) afirma que detectar e investigar os episódios de corrupção, assim como punir os culpados, são atitudes da maior importância para a defesa do interesse público. A mídia brasileira tem oferecido uma contribuição muito valiosa neste sentido, ao denunciar e acompanhar diariamente numerosos eventos de corrupção.

O CQC, como é chamado o programa jornalístico e de humor, é uma versão brasileira dos já existentes na Argentina, Portugal, Itália e Chile. O programa trata de fatos político, artísticos e esportivos de forma satírica e humorística. Os repórteres abordam seus entrevistados fazendo perguntas indiscretas e inconvenientes a fim de iniciar as mais diversas polemicas e censura, como a ocorrida no Congresso, quando seus integrantes foram proibidos de fazer reportagem na casa.

O caso Barueri

Rafael Gentili, antes de doar o aparelho para a Secretaria de Educação, instalou um GPS para localizar o paradeiro da mesma, para verificar o possível desvio do aparelho. Triste foi comprovar que realmente a TV foi desviada e apropriada por uma funcionária da prefeitura. Demonstrando o que Abramo (2005) chama de vulnerabilidade gerencial nas gestões municipais.

As vulnerabilidades gerenciais do Estado, que vão se agravando cada vez mais à medida que se desce na escala federativa, chegando ao absoluto nos pequenos municípios, são sobejamente conhecidas por tantos quantos já tenham se aproximado de qualquer instância do Estado brasileiro. A corrupção acontece é nessas estruturas gerenciadas frouxamente. Por que governos sucessivos (não apenas o presente, é claro) não atacam o problema mais de frente? (2005)

Após a constatação do ocorrido, os repórteres buscaram o Secretário de Educação, Celso Furlan, que afirmou ter seriedade no trabalho da secretaria. Ledo engano, ela estava na residência de uma funcionária da prefeitura.

O mais difícil de conceber é que o Secretario de Educação, Celso Furlan, e o Prefeito Rubens Furlan, são irmãos, um claro caso de nepotismo. O prefeito censurou o vídeo que denunciava sua atitude. Analisando o mensalão, em artigo para a revista eletrônica Comciência, Abramo (2005), traz uma solução para esse problema:

Caso o poder de nomear fosse radicalmente cortado, a razão de ser das negociações e dos aproveitamentos mais miúdos deixaria de ocorrer. Não podendo nomear, não haveria o que negociar. De quebra, isso daria conta do tal do nepotismo. Não havendo abundância de cargos à disposição, a parentada teria menos condições de exercer pressão sobre o prefeito, parlamentar ou governador, e menos parentes seriam contratados. Ainda, Os partidos querem cargos de direção nas estatais e na administração direta porque ali podem conduzir negócios, ou melhor dizendo negociatas. Precisamente a mesma coisa acontece nos estados e municípios, cujas administrações são loteadas para amealhar aliados.

Sendo buscado na tentativa de encontrar uma explicação, o Prefeito de Barueri, encheu a reportagem de impropérios, dizendo que trabalhou durante trinta e cinco anos para redemocratizar o Brasil para que “babacas”, como os membros do CQC veicularem noticias como aquela. No artigo intitulado “Clientelismo é lógica de mercado na política” a socióloga Germana Barata, atribui esse tipo de comportamento de políticos como o prefeito de Barueri á falta de ética e de um código de ética que dê norte às relações no cenário brasileiro.

Mesmo sem a existência de um código, lembra o pesquisador, os políticos eram punidos por violação de decoro, ou seja, um procedimento considerado indigno ou antiético da condição de representante do povo, de quem se espera austeridade, dignidade e probidade. (Barata apud Nogueira, 2006)

Conclusão

Uma proposta de solução para i problema da corrupção seria até audaciosa. Portanto temos dois apontamentos encontrados nos autores aqui já apresentados uma idéia seria mobilização social e a segunda seria uma postura mais ética:

Outro desafio é viabilizar a organização, a mobilização e o exercício de pressão política por parte de segmentos sociais numerosos que, no entanto, apresentam um déficit histórico notável de ação coletiva – tais como os pequenos consumidores, os pequenos contribuintes, os desempregados e as vítimas de exclusão sócio-econômica. Quanto maior se tornar a capacidade destes atores de defender seus interesses na arena política, tanto menor será o desequilíbrio em favor dos interesses economicamente ou politicamente privilegiados.(Mancuso,2005)

José Edgard Amorim, advogado e fundador da ONG Mãos Limpas (2003) que lida com o combate à corrupção, também acredita que tem havido amadurecimento da cidadania em relação às questões políticas, mas ainda é preciso melhorar a educação popular e modificar a estrutura atual que favorece a falta de ética. A vigília, segundo a organização, deve ser permanente e contribuir para ampliar a discussão sobre a maneira de organizar a sociedade “na luta por um país mais ético, transparente e justo”.


Referências

ABRAMO, Cláudio Weber. Mensalão Oficial. Revista Comciência. Disponível em < http://www.comciencia.br/reportagens/2005/07/11.shtml> Acesso em 27/03/2010.

BARATA, Germana. Clientelismo e é lógica de mercado na política. Disponível em < http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=19&id=198> Acesso em 27/03/2010.

MANCUSO, Wagner Pralon. Loby e democracia no Brasil. Revista Comciência. Disponível em < http://www.comciencia.br/reportagens/2005/07/09.shtml>. Acesso em 27/03/2010.